Forza Horizon 5 chega ao PlayStation 5 com acesso antecipado controverso por R$ 500
O universo de games está em constante evolução, trazendo novas experiências e, ao mesmo tempo, criando polêmicas. Recentemente, a Microsoft anunciou que o famoso jogo de corrida Forza Horizon 5, lançado originalmente em 2021, fará sua estreia no PlayStation 5 em 29 de abril de 2025. Entretanto, a novidade traz à tona uma prática que tem gerado críticas entre os fãs: o acesso antecipado que custará aos jogadores da Sony a quantia de R$ 500 (ou seja, 100 dólares). Esta iniciativa representa uma nova forma de monetização que muitos consideram controversa e abusiva.
O acesso antecipado, que geralmente é promovido como uma maneira de proporcionar aos fãs a chance de jogar um game antes do seu lançamento oficial, era uma prática mais simples em anos anteriores, onde existia uma única data de lançamento. Com a saturação do mercado e a crescente pressão por lucros, muitos estúdios têm adotado modelos de negócios que transformam o que antes era um privilégio em uma forma de extração monetária. A situação se torna ainda mais irônica quando se considera que Forza Horizon 5 já está disponível e perfeitamente jogável em plataformas como Xbox e PC há mais de quatro anos.
Agora, a Microsoft parece ter encontrado uma nova mina de ouro ao decidir segmentar o lançamento do jogo em sua forma mais luxuosa, a Premium Edition. Ao desembolsar R$ 500, os jogadores do PS5 poderão experimentar o título apenas quatro dias antes de seus colegas que optarem pela versão tradicional. No entanto, a ideia de um “acesso antecipado” para um jogo que já está no mercado e que pode ser jogado via streaming pelo Game Pass Ultimate levanta questões sobre a ética dessa prática. Afinal, estamos sendo bombardeados por estratégias que têm como intenção extorquir os consumidores já leais, algo que se torna cada vez mais evidente no cenário atual dos games.
A reação dos gamers, especialmente aqueles que se sentem parte da comunidade Xbox, não se fez esperar. Muitos estão decepcionados pela movimentação, considerando que a medida é mais sobre lucrar do que sobre melhorar a experiência do jogador. O acesso único a um jogo que já possui quatro anos de história e que está disponível em outras plataformas pode soar frustrante e até mesmo como uma traição para aqueles que sempre acompanharam a franquia. É um paradoxal conceito de exclusividade em um mundo digital onde o acesso é quase instantâneo.
A crítica se estende além da simples questão financeira. O mercado de jogos vem sendo afetado por políticas de monetização que incentivam a cultura do consumismo e da imediata satisfação. Não surpreende que muitos especialistas na indústria da tecnologia, assim como jogadores, tenham se manifestado contra essas práticas, destacando que o verdadeiro valor de um jogo não deve ser medido apenas pelo preço que se paga, mas pela experiência e pela paixão que ele oferece. O ato de pagar mais não deveria ser a norma para aqueles que desejam simplesmente aproveitar um jogo que, de outra forma, já estão tendo acesso.
Os desenvolvedores de Forza Horizon 5 têm uma oportunidade incrível de expandir sua base de jogadores e apresentar uma nova audiência a um dos melhores simuladores de corrida do mercado. No entanto, se esse novo lançamento se concretizar em um cenário onde os custos se tornam exorbitantes, a experiência do usuário pode ser comprometida. Se as empresas continuarem a exigir pagamentos adicionais para experiências que deveriam ser acessíveis, correremos o risco de criar uma divisão ainda maior no campo dos gamers, onde apenas os que podem pagar se beneficiarão.
Em síntese, a chegada de Forza Horizon 5 ao PlayStation 5 é recebida com entusiasmo por muitos, mas também levanta importantes questões sobre o futuro das práticas de monetização na indústria de jogos. A cada nova funcionalidade introduzida, os jogadores devem estar atentos para se não estão se tornando partícipes de um sistema que prioriza o lucro em detrimento da comunidade. Para aqueles que já jogam o título em Xbox ou PC, a situação se torna ainda mais clara ao dizer: jogar é uma paixão, e não deveria ser um luxo reservado a poucos. Vale a pena se questionar sobre o que realmente está em jogo nesta nova era dos jogos, onde o lucro parece falar mais alto do que a diversão.
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