Estratégia de marketing do novo filme da Branca de Neve da Disney levanta dúvidas sobre confiança no projeto

A Disney, uma das maiores potências do entretenimento, está prestes a lançar a sua nova versão da clássica animação Branca de Neve, prevista para estrear nas telonas em 21 de março de 2025. Esta adaptação não só reimagina a história original de 1937, mas também traz uma interpretação contemporânea e cheia de nuances, com a atriz Rachel Zegler no papel título e Gal Gadot interpretando a icônica Rainha Má. No entanto, o que deveria ser um marco na carreira da Disney tem gerado mais questionamentos do que celebrações em relação à sua estratégia de marketing, com observadores da indústria sugerindo que a abordagem do estúdio reflete uma falta de confiança no projeto, especialmente considerando o enorme investimento de mais de 200 milhões de dólares no filme.

De acordo com informações divulgadas pelo The Hollywood Reporter, fontes de estúdios rivais caracterizam a estratégia de marketing da Disney como “relutante”. Com vendas de ingressos antecipados começando com menos de duas semanas até a estreia, essas decisões levantam indagações sobre a confiança do estúdio no sucesso do filme. Palavras de um insider da indústria foram explícitas ao descrever a situação: “Eles têm apenas seguido os trâmites para Branca de Neve, quase dizendo: ‘precisamos encerrar isso’. Um ciclo de vendas de ingressos antecipados de menos de duas semanas só grita: ‘não temos nenhuma fé nisso’.” Esta afirmação é ainda mais impactante quando se considera o momento desafiante enfrentado pela indústria cinematográfica, que se esforça para sobrevivência em um ambiente competitivo e desafiador.

Por outro lado, representantes da Disney defenderam a estratégia de marketing adotada, afirmando que a espera para uma grande campanha promocional tinha como objetivo sincronizar os esforços de marketing com as aparições de Zegler e Gadot no Oscar de 2025, programadas para 2 de março. Essa relação entre os eventos foi justificada como uma forma de maximizar a visibilidade do filme na mídia. Contudo, a estratégia levanta um ponto de fricção: seria essa realmente uma tática deliberada, ou uma tentativa de encobrir inseguranças sobre a recepção do filme? Para a Disney, um sucesso estrondoso nas bilheteiras é vital, especialmente em um ano onde grandes lançamentos são necessários para revitalizar as finanças do estúdio, que vêm sofrendo com os desafios decorrentes da pandemia e a mudança nos hábitos do público.

As projeções iniciais estimam que o filme pode arrecadar entre 48 e 58 milhões de dólares em seu fim de semana de abertura, o que, mesmo que tenha diminuído em relação às expectativas originais, ainda assim colocaria a nova Branca de Neve como o segundo maior lançamento doméstico do ano até o momento. O fator “nostalgia” e o apelo do público podem ser aliados poderosos para o sucesso da produção, principalmente quando se considera que a obra original de 1937 marcou um divisor de águas na animação, sendo a primeira longa-metragem animada da história do cinema.

Portanto, à medida que a Disney se prepara para o lançamento da nova Branca de Neve, fica a dúvida: seu marketing está realmente sendo um sinal de incerteza sobre a qualidade do filme, ou uma jogada estratégica revelando um novo capítulo na forma como a Disney promove suas produções? Diante das incertezas da indústria e da expectativa do público, o que se pode afirmar com certeza é que o tempo trará respostas. Com a estreia se aproximando, será interessante observar como a audiência reagirá a esta nova versão e se a Disney conseguirá reescrever a sua própria narrativa. Afinal, a magia do cinema não se baseia apenas na confiança, mas também na capacidade de surpreender e encantar.

Para mais atualizações sobre a Branca de Neve e outros lançamentos da Disney, fique atento a publicações especializadas e críticas que refletirão sobre o filme após sua estreia. O futuro da Disney no cinema pode depender, em grande parte, do sucesso desta nova adaptação.