She-hulk: Tatiana Maslany reflete sobre reações tóxicas à série da Marvel quase três anos após sua estreia
Tatiana Maslany, conhecida por seu papel como a protagonista em She-Hulk: Attorney at Law, compartilhou seus pensamentos sobre a recepção mista que a série obteve desde sua estreia no Marvel Cinematic Universe (MCU). Em uma recente participação no Collider Ladies Night, a atriz se aprofundou na experiência de interpretar Jennifer Walters e como isso a marcou, tanto profissional quanto pessoalmente. Mesmo após quase três anos do lançamento da série, as repercussões negativas e o ódio online direcionado à personagem ainda são temas que permeiam sua carreira.
Maslany fez questão de lembrar que, antes de aceitar o papel, ela teve uma conversa significativa com Jessica Gao, a showrunner da série. Ela descreveu sua reunião inicial como algo que despertou sua curiosidade sobre o potencial do personagem. “O roteiro e meu encontro com Jessica Gao antes da audição foram reveladores. Ela é tão engraçada, tão interessante. Estou tão curiosa sobre sua visão deste personagem. Sinto que podemos construir algo realmente interessante, e temos um senso de humor parecido”, comentou. Essa conexão não apenas ajudou Maslany em sua performance, mas também trouxe à tona questões mais profundas relacionadas à percepção e ao respeito que a sociedade tem em relação às mulheres, especialmente em cargos de destaque.
Durante a conversa, Tatiana abordou uma questão vital que permeia a série, a ideia de habitar um corpo que altera a forma como as pessoas interagem com você. Ela refletiu sobre como a objetificação e o tratamento diferenciado que a mulher enfrenta podem moldar a autoestima e a confiança. “Fiquei intrigada com a ideia de como a aparência física influencia a maneira como as pessoas se comunicam, respeitam e tratam você. Isso impacta diretamente em como você se sente em relação a si mesma”, declarou.
A atriz não deixou de citar os comentários negativos que ainda aparecem em suas redes sociais. “Meus comentários no Instagram de 40 semanas atrás voltam a surgir. Para mim, é empolgante perceber que Jessica Gao sabia que isso aconteceria. Ela incorporou isso ao enredo da série.” A protagonista de She-Hulk foi escrita como uma personagem autoconsciente, que tem consciência de sua presença na narrativa mais ampla do MCU e de sua luta pessoal para ser respeitada e levada a sério, especialmente em um ambiente legal dominado por homens.
Embora a recepção de She-Hulk tenha sido marcada por opiniões polarizadas, Maslany destaca que teve experiências positivas que contrabalançam a negatividade. Em eventos como convenções, ela frequentemente encontra fãs que expressam amor pela série e pela personagem, relembrando que muitos já acompanhavam a história da Hulk feminina desde a infância. “É gratificante ouvir pessoas que amam a série ou que cresceram lendo She-Hulk e afirmam que o enredo da série é idêntico ao que ela sempre foi”, observa a atriz.
Em resumo, Maslany reitera que, independentemente da toxicidade que pode cercar a obra e a personagem, o amor dos fãs e o trabalho realizado por toda a equipe são lembranças que colaboram para sua resiliência e sua paixão pela interpretação. “Você apenas se lembra dessas coisas e, a partir daí, segue em frente. É uma coisa constante”, finaliza.
Ainda que muitos possam estar prontos para criticar, a perspectiva de Maslany sobre She-Hulk abre espaço para um diálogo mais profundo sobre os desafios enfrentados pelas mulheres, tanto dentro como fora das telas. A série, portanto, transcende suas críticas, provando-se uma reflexão sobre a experiência feminina em um mundo de super-heróis e a necessidade de respeito e reconhecimento na era moderna.